Supondo que o segurado assumiu a culpa pelo acidente no lugar de outro motorista que não tem seguro. Quais são os riscos?

Um motorista sem seguro bate no carro de outro que tem seguro. O segurado assume a culpa pelos dois acidentes, mas o outro paga a franquia dele. Parece um acordo bom para os dois lados, só que isso é fraude (equivalente a roubo).

Além do aspecto moral, as seguradoras utilizam um vasto arsenal tecnológico para identificar esse tipo de situação. As empresas podem reconstituir os acidentes e verificar se há divergências com o que o segurado informou. As seguradoras estimam que pelo menos 20% das indenizações pagas têm algum tipo de irregularidade. Para reduzir esse percentual, que resulta em maior preço do seguro para todos, as seguradoras têm sido cada vez mais rigorosas, inclusive denunciando criminalmente os responsáveis.

É possível parcelar a franquia do seguro auto?

Sim, é possível. O limite de parcelas é definido por cada oficina. Também é possível conseguir descontos.

Numa indenização integral, como ficam as multas e documentos irregulares?

Algumas seguradoras optam por quitar os débitos nos órgãos responsáveis e descontar o total das pendências na indenização. Outras seguradoras exigem que o segurado regularize os documentos do veículo e multas para depois depositar a indenização devida.

O aumento de roubos e acidentes impacta no valor do seguro auto?

Sim, independentemente de o teu veículo não ter sofrido nenhum sinistro, o total de roubos e acidentes apurados no período, impactam na atualização da taxa do seguro de todos os segurados nas renovações, o que garante o equilíbrio do valor final do seguro é o bônus por renovação sem sinistro.

O nome técnico “Princípio do Mutualismo” que é a divisão das perdas
entre os segurados. Historicamente, esse foi o começo do seguro, navegadores se reuniam e estimavam as perdas anuais no patrimônio
conjunto (embarcações e suas cargas). Então, repartiam essa perda estimada entre eles, segundo a participação de cada um no patrimônio total. Atualmente, o mutualismo ainda é utilizado pelas seguradoras.